Gigantes de Aço - CRÍTICA
Os clássicos filmes de aventura
exaustivamente exibidos na Sessão da Tarde, que encantavam público e família na
década de 80, foram extintos. Hoje em dia, é difícil você assistir um filme
despretensioso que não seja ofensivo à nossa inteligência.
NOTA: 80
Gigantes de Aço - Trailer
Com 'Gigantes de Aço', o
diretor Shawn Levy consegue provar que ainda é possível emocionar o
público com uma trama batida e clichê, sem cair no marasmo e no
tédio.
O roteiro parece um remake moderno
de 'Rocky', aquele clássico oitentista estrelado por Sylvester
Stallone. Desta vez, os lutadores são de aço, mas a emoção continua
real.
'Gigantes de Aço' se passa
no ano de 2020, e acompanha Charlie Kenton (Hugh Jackman), um lutador de
boxe frustrado após o esporte se tornar uma modalidade de alta-tecnologia, sendo
comandado por robôs altamente desenvolvidos. Ele abandona a profissão e começa a
viver da venda de restos de robôs para o ferro velho. Ao lado do filho Max
(Dakota Goyo), de quem tenta se reaproximar, ele passa a treinar um robô
descartado, no intuito de torná-lo um grande campeão dos ringues.
Hugh Jackman abandona o
feroz Wolverine com sucesso, interpretando com segurança o pai de
família. O ator-mirim Dakota Goyo e Evangeline Lilly ('Lost')
também merecem destaque.
O roteiro, escrito por John
Gatins, Michael Caton-Jones e Sheldon Turner, consegue dar
originalidade à velha fórmula do pai que tenta se aproximar do filho, embarcando
em uma aventura que servirá de lição para ambos. A emoção corre solta, fazendo
com que o mais macho dos homens sinta o olho encher de lágrima.
Levy, que comandou os dois 'Uma
noite no Museu' e 'Uma Noite Fora de Série', demonstra maior talento
neste, e prova que consegue comandar filmes família com sabedoria e boa
técnica.
'Gigantes de Aço' é um
blockbuster emocionante, que resgata a inocência do cinema, sem cair na
pieguice