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domingo, 5 de maio de 2013

Alvo Duplo - CRÍTICA

Mesmo com três nomes de veteranos experientes no currículo de “Alvo Duplo”, esse pouco inspirado veículo de ação não consegue se salvar.

Aqui temos o diretor Walter Hill (que comandou clássicos do gênero como “Warriors – Os Selvagens da Noite” e “48 Horas”), o produtor Joel Silver (igualmente entendido no assunto, com obras como “Máquina Mortífera”, “O Predador”, “Duro de Matar” e “Matrix” no currículo), e para finalizar o astro Sylvester Stallone, que dispensa apresentações.

Existem muitos problemas em “Alvo Duplo”, mas o principal deles é ser um produto extremamente genérico, que não possui diferencial algum a oferecer, e acaba soando como filme B, desses que passam tarde da noite sem que nem ao menos saibamos seu título. Aliás, o título é igualmente genérico tanto na tradução quanto na versão original, que seria algo como “Bala na Cabeça” (Bullet to the Head), fato que o apresentador David Letterman tratou de tirar sarro quando entrevistou Stallone.

NOTA: 50 (Ruim)
CGW: "Eu nem me surpreendo com essa nota baixa, um filme sem história original, direção ruim e um monte de clichês... " 
Baseado numa graphic novel, Stallone é James Bonomo, também conhecido com o ridículo nome de Jimmy Bobo, um matador de aluguel veterano. O ator não é estranho a nomes curiosos, afinal já foi Marion Cobretti, Raymond Tango, Angelo Provolone, John Spartan, Ray Quick, Robert Rath, Kit Latura, Joe Tanto, e é claro, Rocky Balboa e John Rambo.
Na primeira cena vemos Bobo e seu parceiro (anos mais novo, com idade de ser seu filho) indo “apagar” um sujeito em seu quarto de hotel. Eles exterminam o alvo, masStallone deixa uma prostituta que estava no banheiro viva, porque ela tinha a mesma tatuagem de sua filha!!? É o que nos explica depois o co-protagonista, o detetive vivido por Kang Sung (da série "Velozes e Furiosos"), numa rasa “sessão de terapia” instantânea com o assassino.
O parceiro de Stallone é então assassinado (enquanto os dois estão num bar comemorando a morte que acabaram de executar) pelo vilão implacável personificado por Jason Momoa (“Game of Thrones” e “Conan, O Bárbaro”). Stallone segue sua trilha e para isso precisa se unir ao detetive boa-praça de Sung. O ator descendente de coreanos não convence aqui. Ele interpreta um detetive de polícia ingênuo demais, que sai ileso de situações pela mais inesperada sorte, precisando muitas vezes ser resgatado por terceiros.

Caso “Alvo Duplo” tivesse algum envolvimento com a realidade, esse sujeito já estaria dormindo com os peixes há muito tempo. O filme também sofre de conflito de personalidade, em horas as cenas almejam fazer graça, principalmente em trocas deStallone e Sung (que aqui não possuem química alguma e tais cenas soam embaraçosas); e em outras tentam estabelecer algo cru e bastante violento, com diversas execuções, lutas e um clima geral pesado.

Filmes como “Os Mercenários” ou “Machete” também fazem uso de uma violência excessiva, mas sabem exatamente em que tom levar toda a obra. Ao não decidir o que será, “Alvo Duplo” não se torna bem sucedido em nenhum dos quesitos, não é levado a sério, e tampouco é divertido. Outra notícia triste é que finalmente chegou a hora de Stallone repensar seus personagens.

Enquanto em filmes anteriores ele brincava com a velhice, mas tinha o apoio de um grupo de mesma faixa etária (“Os Mercenários”) ou com a metade, ou menos, de sua idade (o último “Rambo”), aqui realmente parece que o ator (beirando os 70 anos– ele fará 67 em julho) não toma consciência de sua idade em seu personagem, e interpreta alguém mais novo. Sua luta final com o vilão do gigante Jason Momoa (34 anos mais jovem) é a verdadeira ficção científica do ano. Momoa é uma das coisas que sobressaem no filme, ele é eficiente como figura ameaçadora e quase indestrutível (é só assistir à “Game of Thrones”).
Outro pequeno destaque é a bela Sarah Shahi, que interpreta a tatuada filha do assassino de Stallone. A atriz aceitou fazer uma desavergonhada e ridícula cena de nudez gratuita, que assim como a maioria dos momentos de “Alvo Duplo” não faz o menor sentido, mas os marmanjos de plantão irão agradecer. Passado no interessante cenário de Nova Orleans (mais um elemento mal utilizado pelo filme), “Alvo Duplo” é um grande engodo.

É o tipo de filme que apenas obedece e suga de uma fórmula sem acrescentar nada em troca. Pode ser considerado o tipo de filme tirado da década de 1980, mas mesmo lá seria considerado um exemplar fraco. Se você deseja algo saído da mesma época, mas com empolgação e graça de sobra, corra para assistir a “Invasão à Casa Branca”, ainda em cartaz nos cinemas.
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