Para dar agilidade, o longa tenta consertar tudo na montagem alternada entre o bando de assaltantes e os policiais da investigação. Desgaste puro que corroi qualquer identificação com os personagens. Os diálogos pomposos e cheios de efeito não ajudam nem as interpretações do delegado Chico (Lima Duarte) nem do chefão Barão (Milhem Cortaz). Quem sofre mesmo é Hermila Guedes, grande atriz que protagoniza momentos constrangedores.
Também não ajuda a trilha sonora, que força o espectador a sentir momentos chaves. Como se a própria câmera, os diálogos, as interpretações e o desenvolvimento do enredo não fossem suficientes, a música é pleonástica: ora escrita com exagera, ora mal utilizada pela direção.
Assalto ao Banco Central mostra que o cinema brasileiro ainda não dominou a feitura de subprodutos de ação e nem sequer chega perto de ser considerado um entretenimento de qualidade