Depois jazida com suas brilhantes apêndices ‘A Supremacia Bourne’ de 2004 e ‘O Ultimato Bourne’ de 2007, comandadas e lapidadas pelo ótimo cineasta Paul Greengrass (Voo United 93). Instituindo uma nova tendência para o gênero, alusiva à sua linguagem dinâmica e velocista. Com vários ângulos de câmera, cortes e inovações em montagem. Servindo de referência para outras obras, como por exemplo, a nova roupagem dos 007 ‘Casino Royale’ e ‘Quantum of Solance’ protagonizados por Daniel Craig.
O Legado Bourne - Assista ao Trailer
NOTA: 65
Assim como em seus trabalhos anteriores quão ‘Conduta de Risco’ e ‘Duplicidade’, o diretor Tony Gilroy imprime uma fria e elegante narrativa, que faz uma apropriada ligação comparativa, ao perfil do seu protagonista e sua atual circunstância.
Realização que é extremamente auxiliada, pela gélida e extraordinária fotografia deRobert Elswit (Magnólia), que utiliza as cores dos comprimidos tomados pelos agentes, para oscilar entre um momento e outro, de acordo com o significado de cada um deles. Tudo isso embalado pela misteriosa trilha do experiente James NewtonHoward (O Fugitivo), tendo fator fundamental para o suspense conservar-se ativo. Só que tudo isso é quase que esquecido no final do primeiro ato. Ou mesmo na metade do segundo, já que o filme parece não andar. Tornando a trama cada vez mais desinteressante e, consequentemente, fazendo com que o espectador perca ainstância.
Mesmo com um bom terceiro ato, dosando a parte sci-fi das cenas de fuga, tudo já está perdido. Com a resolução do caso, fica esclarecido que todo roteiro é bastante simplório, e foi prejudicado por uma má decisão da equipe, sugestiva o seu direcionamento, chegando até passar uma imagem de confusão em seus argumentos