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Na trama, pequenas criaturas são responsáveis pela proteção de uma floresta, e esse reino possui uma verdadeira hierarquia com direito a rainha, sua guarda pessoal, e todo tipo de trabalhadores.
NOTA: 70 (Bom)
Também possuem inimigos vindos de um reino rival, comandados por Mandrake, voz de Christoph Waltz (“Django Livre”) no original. A protagonista é a jovem humana Mary Katherine , voz de Amanda Seyfried (“Os Miseráveis”). Ela chegou para passar uma temporada com seu pai, o cientista Bomba, voz de Jason Sudeikis (“Quero Matar Meu Chefe”). O sujeito passou anos pesquisando a existência das pequenas criaturas defensoras da natureza, e gastou sua energia e sanidade para provar sua teoria.
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Porém, é sua filha que irá de forma bem pessoal constatar a existência das criaturas mitológicas. Após um ataque do vilão Mandrake, a Rainha Tara, voz da cantoraBeyoncé (“Obsessiva”), é morta. Moribunda, ela esconde um botão de flor, verdadeira energia e fonte de poder da floresta, para que não caia nas mãos do inimigo. Ela então o entrega para a protagonista Mary, que logo é reduzida ao tamanho dos minúsculos seres.
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Os mais velhos ou pais que levarem seus filhos ao cinema serão logo lembrados de “Querida, Encolhi as Crianças”, grande sucesso da década de 1980. Aqui, o princípio é o mesmo na adaptação de Mary a sua nova estatura, onde um simples camundongo se transforma numa fera descontrolada. Existe também uma subtrama envolvendo um jovem rebelde e irresponsável, voz de Josh Hutcherson (“Jogos Vorazes”), que larga suas obrigações junto à guarda da rainha para viver como “piloto” em corridas ilegais.
Ele é o “Han Solo” do filme, o anti-herói que precisará provar seu valor como herói e desenvolve uma relação com a protagonista humana. O elemento mais legal salpicado na animação, no entanto, são as pequenas referências que faz a cultura japonesa e aos filmes de samurais. O uso de espadas, os movimentos das lutas, e inclusive o nome do chefe da guarda é Ronin (voz de Colin Farrell), nome dado a guerreiros feudais japoneses que caiam em desonra por deixarem seus mestres serem assassinados, ficando sem propósito.
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“Reino Escondido” não é uma animação única ou revolucionária. Pelo contrário, faz uso de um tema e ideias recicladas. Mas são feitos com bom gosto suficiente para garantirem o aval do filme. Preocupa-se em passar algumas mensagens em suas entrelinhas e garante, com cenas de ação satisfatórias e bastante humor, que a garotada não ficará entediada durante a projeção.