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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros - CRÍTICA

Baseado num livro de Seth Grahame-Smith, escrito em 2010, “Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros” possui uma ideia tão inusitada, e louca o suficiente para causar curiosidade imediata. Grahame-Smith subverte a história americana ao fazer do 16° presidente de seu país (figura simbólica e mártir), um super-herói basicamente saído das páginas de histórias em quadrinhos.

Abraham Lincoln - Assista ao Trailer

NOTA: 60

A grande sacada do roteiro escrito pelo próprio autor do livro, e o que fez a Fox dar o sinal verde ao projeto, é misturar a vida de Lincoln e todos os eventos cercando seus atos, como o combate ao escravagismo e a Guerra da Secessão, com a mitologia (mais popular impossível) dos vampiros. Aqui, por exemplo, a mãe de Lincoln falecida aos 34 anos (quando esse ainda tinha 9), é morta por uma das criaturas nefastas, daí o ódio do protagonista por seus inimigos das trevas. A produção também é o último blockbuster da época do meio de ano a chegar ao Brasil, e devo confessar, um dos mais decepcionantes. O texto original sem dúvidas é criativo, mas não há como deixar de imaginar como seria um tratamento mais sério para o projeto; é a esperança que fica para a adaptação de outro livro do autor, Orgulho e Preconceito e Zumbis.

Durante a maior parte do filme, Abraham Lincoln é vivido de forma eficiente porBenjamin Walker, ator de teatro em seu primeiro trabalho como protagonista. Em sua caracterização, Walker lembra fisicamente um jovem Liam Neeson, não por acaso já interpretou a versão mais nova do ator em “Kinsey – Vamos Falar de Sexo” (2004). O comando da obra é de Timur Bekmambetov, diretor russo responsável pelos conceituais “Guardiões da Noite” e “Guardiões do Dia” (sucessos em seu país), e que em Hollywood dirigiu “O Procurado” para a Universal, baseado em quadrinhos e estrelado por Angelina Jolie Morgan Freeman. Bekmambetov também produz o projeto, ao lado do maior nome envolvido com a obra, o diretor Tim Burton. Visualmente tanto o diretor russo quanto Burton são constantemente louvados, mas o que todos certamente irão reclamar é que “Abraham Lincoln” não possui o humor presente na maioria (senão todos) os trabalhos que levam a assinatura do pai de “Edward, Mãos de Tesoura”.
A escolha por manter um tom de certa sobriedade (obviamente levando em conta o assunto principal do filme, vampiros) de mentirinha, é onde peca a nova produção. Sentimos que “Abraham Lincoln” empaca no meio do caminho. Se torna uma experiência, talvez cartunesca demais, que não se embrenha totalmente em desenvolver seus personagens (quem eram verdadeiramente os vilões?, o por que da existência de vampiros bons) ou sua trama a ponto de apelar a um público mais adulto; ao mesmo tempo em que não usa de um humor consciente, e não usa da paródia, para demonstrar que tudo não passa de uma brincadeira divertida. Imediatamente remete à produções como “A Liga Extraordinária” (outro grande desperdício de um material fonte de qualidade) e “Van Helsing” (sem o mesmo charme trash de um grande prazer culposo). A produção de Bekmambetov beira a monotonia ao não conseguir de forma satisfatória se tornar um bom filme de vampiros, e nem uma paródia histórica convincente e interessante. Talvez recomendado somente para os fãs da série “Resident Evil” no cinema, a produção abusa de efeitos e cenas de ação surreais.
A cena final do trem é provavelmente a mais exagerada do ano, nada contra. Barreira maior é o fato de que após “Matrix” todos os filmes voltados para essa fatia do público precisem fazer de seus personagens verdadeiros especialistas em artes marciais, com cenas de luta coreografadas e uso de muito cabo, não importando serem vampiros, presidentes, ou seja lá o que forem. O que aconteceu com as velhas brigas tradicionais realísticas? “Abraham Lincoln” possui também seus pontos positivos, um deles é a violência estilizada que pelo menos não transforma a aventura num veículo politicamente correto para a garotada, ou finge que não. Com o desfecho utilizando um fato histórico que não permite brecha para uma continuação, e a polêmica cercando o motivo pela abolição da escravatura (os senhores sulistas vampiros se alimentavam de seus escravos – como se a escravidão por si só não fosse ruim o suficiente), ficamos imaginando o que virá a seguir.
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