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sábado, 9 de março de 2013

Killer Joe: Matador de Aluguel - CRÍTICA

O ator Matthew McConaughey ganhou notoriedade trabalhando em produções prestigiadas do cinema de Hollywood, ao lado de grandes diretores consagrados, como Steven SpielbergRobert Zemeckis Joel Schumacher, em filmes como “Tempo de Matar”, “Amistad” e “Contato”. Logo depois, por algum motivo, o aspirante a maior astro de sua geração sofreu um grande desvio na carreira.
Killer Joe: Matador de Aluguel - Trailer

NOTA: 80

Após adentrar o fim da década de noventa, McConaughey parecia renegado a galã de produções voltadas somente ao público feminino mais ingênuo e admirado, vide suas participações em projetos como “O Casamento dos meus Sonhos”, “Como Perder um Homem em 10 dias”, e principalmente o horrendo “Armações do Amor”, um sitcom que seria rejeitado por qualquer grade de programação de tv. Após entregar em 2009 “Minhas Adoráveis Ex-Namoradas” (o mais aceitável de sua era “rei das mulheres”), o ator sulista resolveu que chegara a hora de retomar as rédeas de sua esquecida carreira de ator sério. A “McConaissance”, como foi apelidada pelos americanos essa retomada do ator, teve início ano passado, quando retornou ao papel de um advogado, dessa vez um mais escorregadio impossível, no subestimado “O Poder e a Lei”.
Apenas uma faísca? O ator provou que não chegando em 2012 com nada menos do que cinco trabalhos elogiados. “Bernie” foi o primeiro (filme que o reuniu com Richard Linklater), “Magic Mike” se tornou uma das grandes sensações do ano – o filme sobre strippers masculinos o colocou sob a tutela de Steven Soderbergh, “Mud” e “The Paperboy” participaram de Cannes e são dirigidos respectivamente por Jeff Nichols (de “O Abrigo”) e Lee Daniels (de “Preciosa”), e finalmente chegamos a “Killer Joe - Matador de Aluguel”. 

Dirigido pelo veterano William Friedkin (indicado ao Oscar por “O Exorcista” e vencedor por “Operação França”), Matthew McConaughey interpreta o personagem mais peculiar de sua carreira. Desde já elogiada como a performance divisora de águas em seu currículo, o ator interpreta o policial Joe Cooper, encarregado de um assassinato por uma família de caipiras disfuncionais. Emile Hirsch (de “Alpha Dog” e “Na Natureza Selvagem”) é Chris, um jovem problemático que por causa de uma dívida engendra ao lado do pai, papel de Thomas Haden Church, a morte da mãe. Para isso, os dois visando o lucro do seguro, contatam por recomendação o melhor sujeito para o serviço, o metódico cowboy da lei (com direito a chapéu, óculos escuros e luvas de couro) Killer Joe.
Os dois só não contavam que o futuro assassino fosse se afeiçoar por Dottie (papel da inglesinha Juno Temple, de “Ano Um”, “Kaboom” e “O Cavaleiro das Trevas Ressurge”), irmã e filha dos contratantes. Como caução do pagamento do assassino, antes que recebam o dinheiro do seguro, os desprezíveis familiares oferecem a jovem ao encantado matador. 

Também entra na jogada a personagem Sharla (a sumidaGina Gershon), atual mulher do personagem de Church. A obra é baseada numa peça de 1998, criada por Tracy Letts, cuja outra peça “Bug” (“Possuídos” no Brasil) já havia sido levada às telas pelo mesmo William Friedkin em 2007. Agora o diretor se reúne ao autor do material original, que mais uma vez adapta ele mesmo o roteiro, para contar uma história igualmente insana, perturbadora e violenta. “Killer Joe” possui muito de “Bug”, o clima teatral é comum aos dois, e justamente por isso é necessitado de seus atores um tour de force na pele de seus personagens. Se a subestimada Ashley Judd ficou com a parte curta do palito com seu desempenho de loucura apoteótica, que muita gente não engoliu ao final da projeção, McConaugheypromete cair nas graças do público em seu papel minimalista do educado e organizado homicida.
Friedkin, aos 77 anos de idade, e após ter amargado um relativo ostracismo nos últimos vinte anos (com apenas sete filmes, nenhum verdadeiramente significativo), demonstra um completo domínio de cena, um domínio técnico, e de seus atores. O diretor retira o melhor deles, ao mesmo tempo em que realiza cenas estarrecedoras. Esteja preparado pois o novo trabalho de Friedkin pode não ser para os de estômagos mais fracos. “Killer Joe” choca pela crueza e pela violência explícita (sabe as surras gráficas de “Irreversível” e “O Labirinto de Fauno”, que nos fazem revirar na cadeira em desconforto e olhar para o outro lado).

Friedkin submete seus atores a cenas fortes, em determinado momento vemos uma sequência entre McConaughey,Gershon, e um pedaço de frango, que talvez só pudesse ser realizada por uma atriz da força e coragem de Gershon (“Showgirls” e “Ligadas pelo Desejo” estão aí para provar). Apesar das bizarrices, “Killer Joe” consegue funcionar em sua maior parte como um thriller adulto eficiente para o grande público. Não que quando a panela realmente começar a ferver o incômodo não possa se instalar e retirar algumas pessoas da sala (como aconteceu na minha sessão). O desfecho é tão delirante quanto o de “Bug”, e mesmo o mais resistente espectador poderá não escapar de seu impacto ressoante.
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