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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Atividade Paranormal 3 - CRÍTICA


Há uma vertente recente que assola do cinema estadunidense. Desde o assombroso sucesso de A Bruxa de Blair (1999), uma série de produções se diz constituída de gravações reais de fenômenos sobrenaturais.
Em 2007 começou outra franquia que faz uso desse subterfúgio para amedontrar seus espectadores.


NOTA: 65
Atividade Paranormal 3 - TRAILER



Atividade Paranormal 3 (Paranormal Activity 3) usa todos os recursos estéticos dessa forma de terror, mas abdicou de tentar enganar seu público se fazendo passar por algo real (algumas das produções do gênero não têm créditos finais e até escondem o verdadeiro nome de seus atores).

A franquia faz um caminho narrativo interessante. Conforme um novo filme chega, na verdade o que se revela são eventos anteriores aos títulos mais antigos. Nessa lógica, Atividade Paranormal 3 conta a infância de Katie, personagem presente desde o primeiro capítulo da série.
Em 1988, a casa onde ela mora com sua mãe, irmã e padastro começa a se tornar o cenário de eventos inexplicáveis. Dennis, o padastro, trabalha com filmagens de casamentos. Depois de uma estranha imagem gravada quando uma câmera é deixada ligada durante um terremoto, o rapaz decide instalar câmeras pela casa para tentar entender o que está acontecendo.
É nesse ponto em que o terceiro terror torna-se refém de suas amarras. Para conseguir dar sentido para tudo o que se passa, em algumas cenas não há uma razão clara para a câmera estar ligada. Em outros momentos, o roteiro força a barra para que os personagens carreguem a câmera para onde algo interessante acontece. Faria mais sentido se, no calor do momento, o aparelho fosse deixado para trás.
Por outro lado, o mérito dos sustos e da tensão deve ser creditado a Atividade Paranormal 3. Toda a apreensão que o espectador sentirá ao ver o filme é obtida na confiança de uma direção de câmera bem pensada e em uma história intrigante. Assim, suor na palma da mão, uma inquietação na poltrona e o coração acelerado será uma constante para quem está disposto a enfrentar esse filme.

A flexibilidade de não tentar parecer filmagens reais não foi tão grande a ponto de incluir trilha musical no filme. Diferente do que acontece com Quarentena (2008), não é inventada uma desculpinha do tipo canos-velhos-que-rangem-exatamente-nos-momentos-tensos para que o filme tenha uma trilha musical.
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